"Ter: um amor". Fica lá, anotado, rabiscado. Você sonha e precisa sonhar. Sonha com um amor e com conhecer, se apaixonar e casar. Amar se torna um sonho de consumo. O mundo é tão imenso que até te aperta e, para você suportar, o mundo às vezes se encolhe até ficar do tamanho de um cartão que caiba no seu bolso. "Vale-sonho", vem escrito nele, com um pequeno número de telefone ao verso. Cansado de procurar, amar e tentar, você disca e pede para falar com a esperança, mas uma tal de realidade te diz "Tente novamente. A pessoa que você amou não ama ou não existe". Naquele quadro de recados no quarto, naquele em que aquele amor escreveu "sempre" indicando o tempo em que ia ficar na sua vida, recorrentemente você vê o "p", o "r" e depois o "e" sendo apagados e o que você queria para "sempre" se torna "sem". Então bem grande você escreve “TER: SÓ EU”, pois é o que fica, é o que você tem. E você vai seguindo, em um mundo tão grande, com um céu tão distante, que torna difícil se encontrar. Mas você segue e busca. E um dia encontra, como eu encontrei. Um sorriso que faz a alegria parecer pouco demais para o que você sente. Um cheiro que te faz desafiar a Física e quase provar que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço. Uma companhia que torna qualquer programa o mais agradável. Uma saudade que transforma distância em desejo. Um beijo no qual línguas são pontes para tocar e trocar almas. Uma presença que faz de cada segundo um pedido para que o tempo torne eterno o que é tão terno, cada hora juntos. Um amor que te faz querer ser alguém melhor, por você, por ele, por vocês. E eu quero apenas que você saiba que o mundo me traz um sorriso ao rosto para viver, quando eu penso que nele há pessoas como você. Então, naquele mesmo quadro em que você desiludido havia rabiscado “TER: SÓ EU”, alguém, sem que você perceba, tira da vida uma caneta e faz no quadro letras surgirem. E, o que agora se escreve, o mundo inteiro pode ler, “eTERnamente: SOu sEU".
Eu vou correr sem rumo por caminhos que eu já andei,mesmo que eles sejam um pouco escuros e meio sozinhos. eu preciso dessa solidão pra me encontrar novamente,pra ter aquela paz caloroza que eu tinha à um tempo atrás,aquela sensação de imunidade à suas atitudes. eu devo ser a minha mudança,a minha casa e a minha mala pronta,e bom,você pode ser mais um que fica na janela me dando tchau e até logo. eu preciso de um tempo,até conseguir me curar desse vício. O silêncio é um amigo que não lhe trai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário