quarta-feira, 29 de agosto de 2012

E que venham mais vinteenoves' ;)


Ah como eu queria olhar você agora. Tocar sua pele, sentir seu cheiro e fazer de conta que a distancia nunca esteve entre nós. Falar bem baixo no seu ouvido todas as palavras que durante esses meses, foram apenas escritas. Abraçar você em uma madrugada fria, sem pressa; sem perder nenhum detalhe.

Hoje a tarde lembrei que fazíamos 4 meses, e tive um pensamento bôbo, (coisa de quem se apaixona ^^) que me fez rir sozinha e lembrar do seu tão ludibriante sorriso ;)
Eu já disse que adoro o seu ?!
Então... não ache idiota o que eu te proponho. Me deixa ser o seu smartphone ? (nem sei se isso se escreve assim! )
Prometo te acordar com o melhor despertador do mundo, te distrair para passar o tempo enquanto você está em alguma fila, seja na UECE ou esperando aqueles malditos ônibus, estar ao seu lado e registrar as melhores lembranças (e ainda virei com um filtro para tornar mais belas aquelas lembranças ruins), vou ser rápida no que precisa e bem demorado no que deve ser assim, vai poder me exibir para os amigos quando personalizar meu visual e virei com a exclusiva função "desaparecer por tempo programado", para quando se cansar de mim. Quero ser seu smartphone, é o meu desejo bobo por um amor sério. Aprenda de uma vez, até o mais moderno celular processa em sistema binário. E o amor também é binário ainda que não seja exato: ou você ama ou você não ama. Então, sei que amor não tem confirmação de recebimento, mas estou enviando o meu. Não fique mais procurando o melhor modelo, seja inteligente, me ame! E nesse mundo em que um novo aparelho ou atualização do sistema podem ser a coisa mais aguardada, agradeça se você tiver quem conta as horas pelo seu abraço. 
Eu costumo dizer que tenho medo da minha imaginação...

Mas precisamente falando do que sinto por você, eu sempre acreditei que o amor é bem mais do que três palavras bonitas que fazem tudo ficar bem ou parecer certo no fim do dia.  Tem a ver com olhar para o outro, e enxergar um lugar desconhecido dentro de nós. Perceber então que entre um órgão e outro, existe algo que não podemos explicar. Nem os cientistas, nem os religiosos. Amor não é sinônimo de posse. A presença embora importante, sozinha, não traz felicidade. Ninguém vive preso a ninguém pra sempre. Precisamos mais do que “qualquer coisa” pra dormir com a certeza de que valeu a pena tanto esforço e sacrifício.

Sabe de uma coisa? Nós nunca vamos entender o amor, justamente porque não podemos controlá-lo. Seja dentro, ou fora de nós. Cada um vai crescer, e aprender sozinho, como sobreviver a ele. Alguns vão se casar como nos contos fada e ver algum dia, os filhos se formando na faculdade, outros vão passar a vida sentados em um bar, revivendo momentos que nem existiram de verdade.

Ao contrário do que dizem por aí, o amor não tem um final certo e feliz.  Hoje você vai sorrir e escrever uma carta de amor, mas amanhã quem sabe, ele pode te fazer chorar mais do que qualquer outro dia. Vai saber.

 Acho que às vezes é difícil entender que cada pessoa tem um propósito de vida diferente.  Por mais que a gente imagine, suponha e torça, não podemos decifrar o que o outro realmente quer. Muito menos, ditar. É isso que dói, mas é essa a graça. Acredito que se soubéssemos tudo que se passa no coração de quem a gente gosta, deixaríamos de amá-lo no mesmo instante. A graça é ir descobrindo pouco a pouco, da janela do ônibus, abraçados na cama ou estudando pra prova impossível de matemática/física. Aceitar as diferenças. Amá-las.
Então, Por favor, Senhor Estevão! Não esquece que além de sua gatinha, chata, dengosa, eu quero ser o seu smartphone, viu?
Beeeeeeeeiijo meu dengo! E que venham mais meses de judiação ao seu lado ;)
Obrigado por tudo, pelo amor que vc é e pelo sentimento que me proporciona sentir.
Amo-te ;;

terça-feira, 28 de agosto de 2012

E esse tal de amor ainda me mata.. (suspiros)


A gente passa a vida com medo. Medo de morrer, de ficar tempo demais no emprego errado, de não ter o colo dos amigos quando a gente mais precisa, de não fazer as viagens dos sonhos, de não conseguir comprar a casa própria, de não encontrar alguém para casar e ter filhos.
De todos os medos, o que mais me aflige é o de não conseguir amar. Porque vamos combinar: depois de um, dois, três corações partidos, fica fácil pensar que nada vai dar certo, que as relações viram DRs intermináveis que culminam em mágoas quase eternas.
Nos livros, nos filmes, nas músicas que a gente passa o tempo todo lendo, vendo e ouvindo, todo mundo sofre por amor. E a gente acha lindo, se identifica, quer viver aquela avalanche de paixão, de tesão, de loucura.
Quando chega a vida real, ah aí, não: todo mundo quer o conto de fadas. Quer encontrar no outro a imagem da perfeição, alguém sem um passado que diga muito, alguém que mal tenha um presente ( só se for com você) e cujo futuro esteja inevitavelmente atrelado ao seu e comece a ser planejado imediatamente.
Não, gente, menos! É preciso entender que a gente é a soma de tudo o que viveu, principalmente de tudo o que viveu com outras pessoas. São as histórias de amor que deixam a gente do jeito que é: às vezes mais madura, às vezes mais medrosa, às vezes mais otimista para buscar de novo, mas sempre diferente e mais experiente.
O que a gente é hoje é o que importa. A gente faz o que pode  - e, na maioria das vezes, é de todo o coração.
Para o fim do ano que se aproxima, eu e 90% da população já começamos a fazer um balanço do que se passou. E cada vez mais acredito que os pedidos-clichês são os que a gente realmente necessita: paz, saúde e amor. Tudo para aguentar os furações. Afinal, por mais que o medo insista em se instalar, ainda vale mais uma paixão louca do que um coração congelado.

Contra ou a favor do amor ?


O início pode parecer um tropeço, já que ninguém são vai ser contra o amor, mas há os que, em lapsos de mornas temperaturas, opõem o amor e a paixão. E se o conflito é esse, o título é uma escolha de lados.
A paixão é sempre avassaladora, traz o nosso melhor, o nosso pior, e não deixa saber qual é qual. O amor é uma lareira quentinha que arde continuamente, estável, serena. E quem pode ser contra as lareiras quentinhas, senão os loucos? A paixão é como se toda a energia da lenha queimasse de uma vez, em um brilho que cega e tudo consome, como uma supernova. Depois, talvez só haja lenha em outras constelações, pode aparecer mais lenha, infinitamente, ou pode não sobrar nada jamais. Observe um apaixonado e você vai ver alguém que não está mais de posse das suas faculdades mentais, ou mesmo do mínimo de autocontrole.
Dizem que a paixão é tóxica, e ela é, mas e daí? Nós amamos as drogas. E somente a embriaguez da paixão é digna de arte. O amor, para ser arte, só se for difícil, como os do Calvino, não realizado, como os desprovidos de entrega, ou mesmo completamente impossíveis. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam, segundo um tal de Eça de Queiroz. Há controvérsias, só que, de fato, nada jamais chegará aos pés do amor que não acontece, este sim mais idealizado que a mais brutal das paixões.
As pessoas falam em histórias de amor e o assunto sempre esbarra em Romeu e Julieta. Até que eu li por aí: “Romeu e Julieta não é uma história de amor. É um romance relâmpago entre uma menina de 13 anos e um carinha de 17, que dura três dias e termina com seis mortos”. É a paixão que torna a história saborosa, assim como a vida. História de amor, amor mesmo, são os primeiros cinco minutos de “UP – Altas aventuras”. É lindo de chorar, mas é isso, cinco minutos de filme. O resto são cachorros falantes no fim do mundo, e nostalgia.
Alguém disse que viu mais amizades que paixões se transformarem em amor. Será? O universo da amizade é muito maior, por ser plural, e existem mais amizades que paixões. Mesmo assim, senão uma fração daquelas se transforma em amor. As que se arriscam, em geral, sofrem de unilateralidade e exílio na “zona da amizade” mesmo.
Esperar que o amor venha da amizade, sem uma paixão devastadora junto, é uma das coisas mais mornas e acomodadas que já ouvi falar. É como uma apólice de seguros. É o amor servido como uma dobrada fria. Você ir fazendo um “filtro de compatibilidade” do seu círculo de amigos, que já são pessoas por quem você tem apreço, até que isso se torne, suavemente, uma opção amorosa, equivale a tratos do tipo “se eu e você chegarmos solteiros aos 40, a gente casa um com o outro, tá?”
Apaixonar-se é dar murro em ponta de faca mesmo. A paixão não cega as pessoas para os defeitos dos outros. Como poderia? O que ela faz é aumentar a nossa capacidade de relevar, de não dar a mínima, de nem ligar que ela tenha essas esquisitices, e não de achar que defeitos não existem e, então, se desapontar quando caem as máscaras, ou quando passa o afã.
Pela sua força explosiva, a paixão é efêmera mesmo. Ninguém consegue se manter nesse estado, nessa intensidade por décadas, anos, ou seriam dias? Difícil achar uma medida de tempo, mas nem o amor consegue essa longevidade toda. Um amor que nasça de uma paixão, de uma conexão profunda formada no coração em chamas de uma estrela, é mais bonito e vivo que um amor sereno, gradativo e limpo.
Orson Welles disse que “se você quer um final feliz, isso depende, é claro, de onde você para a história.”
Pensando bem, paixão é sofrimento e um amor tranquilo é um bálsamo para a alma. O amor é seguro, confia na sua estabilidade. A paixão é onde a gente tropeça, se envergonha, faz papel de bobo e, muitas vezes, acaba sendo a causa do seu próprio ocaso.
A paixão teme o seu próprio fim e por isso se agarra à vida. Mesmo explosiva, a paixão permite que se faça amor de forma lenta, sentida, transpirando o desejo de que aquele momento não acabe nunca, nunca, nunca, que aquele enlace jamais termine. Mas tudo termina, não?
A vida é muito curta. É instável. Pode acabar de surpresa. A paixão é mais parecida com a vida que o amor.
Um universo que força você a escolher entre paixão e amor é um filho da puta, porque o melhor dos mundos é o encontro das duas coisas. Uma vida só de paixão, sem amor, é sofrida demais. Mas se insistem em tornar a paixão um veneno vil, oposta ao amor, então sou contra o amor.

domingo, 12 de agosto de 2012

Me ame como eu sou.

"Mas ele tem que me amar como eu sou". Concordo, quem realmente te amar vai te amar como você é, mas não vai ter que amar (muito menos aceitar) tudo o que você faz! E isso é um pouco diferente. A única pessoa que é obrigada a te amar e achar lindo tudo o que você faz é a sua mãe e ainda assim, vamos ser sinceros, ela vive pegando no seu pé. Família você não escolhe, e por mais que você também não escolha a quem vai amar, você pode escolher entre continuar ou não amando a esse alguém.

Portanto, não pense que o amor verdadeiro será aquele que passa a mãozinha na sua cabecinha e acha lindo tudo o que você faz, por aceitar a missão indigna e injusta de te amar como você é. Não creia que em uma relação em que tudo é aparentemente perfeito reina o amor incondicional e a harmonia. Aposto mais em: a) falsidade conformista, b) estar com alguém por interesse, ou, no que é ainda um pouco mais triste, c) alguém egoísta se relacionando com alguém frustrado, que não sabe como dizer ao outro que precisa de mais, principalmente, por esse outro querer mais e mais pensar nele mesmo! É isso o que você quer?

Se a resposta for "não" continue lendo, se a resposta "sim" aí que você deve mesmo continuar a leitura! Você veio ao mundo para evoluir, para crescer, para se tornar alguém melhor. Uma relação amorosa tem o objetivo de te ajudar nessa missão de ser alguém melhor, de evoluir. Sendo assim, quem está ao seu lado não pode e não deve, se realmente te amar, não pedir que você melhore. A única pessoa que não vai te apontar os seus defeitos e pedir mudanças chama-se inimigo, e você, definitivamente, não quer dormir com o inimigo, certo?

Então, reflita, pense, permita-se crises de existência, silêncios (que podem falar mais do que palavras não pensadas) e mude, para melhor. Amar é querer que o outro esteja bem, relacionar-se é dar-se ao outro e, por amar, compartilhar vidas, construir uma vida juntos. Só que a gente sempre sabe que a casa se começa pelo alicerce, no chão, na pedra bruta, mas todos querem ir direto para o acabamento, né? Mas, lamento, sossega esse coração em chamas, para não constatar em breve que "a casa caiu". Ninguém ama o que não conhece e ninguém constrói nada duradouro sem bases sólidas.

Que tal acreditar que toda ação tem uma reação e ao invés de indignar-se tanto com a reação de quem você magoou, modificar a sua ação? É o que você fez que provocou a reação, a reclamação, a briga, a queixa, a desavença, por isso, mude!

E, ah, seu amor vai sim te amar assim como você é, mas não peça ao seu amor para ver você se contentar em ser um grafite, enquanto ele sabe que você, se quisesse e permitisse a ajuda dele, poderia ser um diamante. Acorde rápido, antes que quem você ama decida garimpar em outras minas.
"No nosso amor eu não esperava que você me julgasse por agir errado, eu esperava que você me ensinasse a agir certo"
(Brothers & Sisters)